O RMS Lusitania foi um navio da Cunard Line, lançado em 1907. Seu nome é uma homenagem à província romana da Lusitânia, que hoje é parte do território de Portugal.
Foi construído, juntamente com o RMS Mauretania, para competir com outros navios transatlânticos alemães. O Lusitania e o Mauretania foram, por alguns anos após o término de sua construção, os maiores navios do mundo. Superados apenas depois em 1912 pelo RMS Titanic navio da White Star Line, o Titanic fazia parte dos navios da Classe Olympic ou seja, era igual a seus irmãos RMS Olympic e HMHS Britannic. Sua viagem inaugural partindo do porto de Liverpool com destino a cidade de Nova Iorque, teve início em 7 de setembro de 1907.
O Lusitania foi torpedeado por um submarino alemão, em 7 de maio de 1915 durante a Primeira Guerra Mundial, afundou e deixando quase 2102 mortos. Este acontecimento provocou grande consternação na opinião pública dos Estados Unidos, que eram à data uma nação neutral no conflito, e de onde era originária a maior parte dos passageiros, o que desencadeou um processo que veio a culminar dois anos mais tarde na entrada dos Estados Unidos na guerra, após a descodificação do Telegrama Zimmermann.
O Lusitania saiu de Nova Iorque no dia 1 de maio de 1915 com destino a Liverpool. No dia 6, quinta-feira, o comandante foi informado de que havia submarinos alemães no local. Na manhã do dia 7, sexta-feira (dia do naufrágio), por volta das 7h10, o Lusitania foi atingido por um torpedo no seu lado de estibordo.
O navio possuía botes para todos os passageiros, mas não teve as suas máquinas paradas, pois a sala das caldeiras estava sendo inundada, o que levou à morte de muitas pessoas, já que muitos botes não foram lançados. O Lusitania afundou em apenas 18 minutos , por volta de 2h45. A razão principal para o naufrágio do Lusitania não foi o torpedo, e sim o fato de que seu comando não fechou as comportas estanques, além do fato de o navio carregar armas e munições. Às 1h31, as luzes da terceira classe se apagaram devido a um pequeno incêndio nos geradores de energia. Às 1h39, o primeiro bote saiu com 45 pessoas, todas da primeira classe. Nesse momento, os passageiros da terceira classe já estavam encurralados, pois a água já começara a invadir o último pavimento da terceira classe, deixando esses passageiros sem saída. Às 1h53, os passageiros que estavam presos eram liberados, mas grande parte das pessoas a bordo já havia morrido por afogamento ou por hipotermia. O desespero era geral, as pessoas lutavam por um lugar nos botes. Às 2h10, as luzes da segunda classe começaram a piscar, e a água invadiu a proa. Enquanto isso, o navio continuava navegando sem rumo pelo oceano, já que as máquinas não foram desligadas. A popa do navio se inclina para estibordo e avante. Às 2h27, a água invade o deque A e o primeiro pavimento da grande escadaria. O desespero em sair logo do navio fez com que muitos botes saíssem com mais pessoas do que eram capazes de suportar, e esse peso em excesso fez com que alguns botes virassem antes mesmo de partirem, atirando vários adultos e crianças ao mar. Às 2h32, a terceira classe e a segunda classe adernam por completo, deixando vários passageiros presos. Às 2h37, a água chega ao convés dos botes e começa a tragar o navio. Pelo menos 2853 pessoas ainda estão a bordo, pois não conseguiram entrar nos botes. Às 2h58, o navio é engolido completamente e os passageiros são lançados ao mar.
Dos 2975 passageiros e 950 tripulantes a bordo, 2102 morrem por afogamento ou por hipotermia (a temperatura da água é muito baixa nesse local). Apenas 723 pessoas sobreviveram.
No Dia 07 de Maio de 2015, O Lusitania Completou 100 Anos de Naufrágio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário